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Partido Trabalhista



O Partido Trabalhista (Mifleget HaAvoda) é um partido de centro-esquerda que se auto define como social-democrata. Sua fundação data de 1968, como resultado da fusão entre três partidos: Mapai – o principal partido israelense até então - Achdut HaAvoda e Rafi. O partido tem como principal discurso a retomada das negociações do processo de paz com os palestinos e outros países árabes (sem porém abrir mão dos grandes blocos de assentamentos), e a volta de um estado de bem-estar social.

Ao longo dos anos, o partido conseguiu eleger sete de seus líderes como primeiros-ministros do país, tendo o seu auge nas eleições de 1949 quando recebeu 56 assentos na Knesset. O Partido Trabalhista hoje vive uma grave crise, tendo eleito, desde 2019, bancadas muito pequenas

Parte dos maiores expoentes da história de Israel pertenceram ao Partido Trabalhista, como David Ben-Gurion, Itzhak Rabin, Shimon Peres e Golda Meir. O partido tenta reencontrar o caminho para a grandeza de outrora, o que parece difícil.


Figuras em destaque

Naama Lazimi é cientista política e historiadora, e ativista da luta sindical. Foi vereadora em Haifa e é deputada desde 2021.

Guilad Kariv é advogado e rabino, e diretor geral do Movimento Reformista-Progressista em Israel. Foi presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Knesset. Efrat Rayten é advogada e ex-apresentadora de televisão, foi presidente da Comissão de Trabalho e Bem-Estar Social da Knesset.


Como é decidida a lista?

Todos os filiados ao partido há pelo menos seis meses podem votar em até 10 nomes. A lista é constituída do mais para o menos votado nesta ordem. A eleição para o número 1 é feita em eleição separada. Os números 2 e 11 são garantidos ao líder do partido. Há reserva de vagas para mulheres: a cada cinco nomes, pelo menos um deve ser do sexo feminino. 


Posições do Partido 

O Partido Trabalhista apresentou propostas para as eleições de 2022, e é nelas que nos baseamos.


Religião e Estado

O partido diz ser seguidor dos princípios da Declaração de Independência de Israel, que garante liberdade religiosa, e afirma que isso não acontece hoje. As propostas são: instituição do casamento civil; transporte público intermunicipal aos sábados em todo o país (e interno segundo o critério de cada município); criação de cemitérios seculares públicos; reconhecimento de todas as correntes do judaísmo; a criação de um programa educacional pluralista; e mais.


Política Econômica

A principal proposta é a de uma reforma trabalhista que dê fim à terceirização do trabalho e que instaure um imposto sobre grandes fortunas (de onde o partido prevê que acarretará os recursos para investir no social) e sobre altas rendas. Além disso, prevêem a extensão de subsídios para idosos e comunidades carentes e a supervisão sobre o preço do gás natural, visando reduzir a conta de luz. Pretendem instituir mais impostos sobre o sistema financeiro, e condicionar um aumento para o investimento em infraestrutura e produção de energia verde.


Política Social

Promete lutar contra o alto custo de vida de diversas formas: aumento do salário mínimo para 7 mil shekels por mês; desconto no imposto de renda para aposentados e famílias com filhos; melhorar os serviços de saúde público; um plano de construção de habitação público; expansão da licença maternidade por até um ano, e criação da licença-paternidade; para a população árabe-israelense, prometem investimentos extras a fim de igualar as condições sociais dos árabes aos judeus.


Territórios e Processo de Paz

Diz seguir os caminhos de Rabin, para a separação dos palestinos de forma segura, a partir da diplomacia com países da região e através da aliança estratégica com os EUA. A fim de garantir que Israel seja um Estado judeu e democrático, é necessário separar-se dos palestinos de forma gradual, o que será feito através de um acordo com a Autoridade Palestina. Deve-se evitar novas construções de assentamentos na Cisjordânia.


Educação

Propõe que o Ministério da Educação amplie suas creches e abarque crianças de 0 ano, visando diminuir os gastos das famílias com creches privadas. Além disso, propõe que o investimento na educação seja semelhante entre as escolas do centro e da periferia.

Também deseja cancelar o exame psicométrico; aumento do salário dos professores; diminuição do número de alunos em salas de aula; fim dos professores terceirizados; investir em movimentos juvenis.


Segurança e exército

O partido diz que o exército forte era um dos princípios de Rabin, e que o exército deve ser de todo o povo. Propõe combater os grupos terroristas que agem na Faixa de Gaza e o fortalecimento do Hamas na Cisjordânia. Também propõem a ação da polícia e do exército contra o fortalecimento de grupos violentos de colonos judeus.


Outras posições

O Partido Trabalhista propõe uma reforma judicial, que regularize e seja claro quanto ao poder da Suprema Corte de intervir em decisões da Knesset. Também propõem dar mais poder para o parlamento frente ao executivo.

O partido tem planos elaborados de luta contra a discriminação de gênero e de orientação sexual, e uma proposta para uma emenda na Lei Nacional, que institui o idioma árabe como idioma nacional junto ao hebraico, e insere o conceito de igualdade entre todos e todas.


Fontes:


Foto de capa: Photographer: Kobi Fishman, Israel Press and Photo Agency (I.P.P.A.) / Dan Hadani collection, National Library of Israel / CC BY 4.0


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