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Likud



O Likud (em hebraico União) é um movimento nacionalista liberal fundado em 1973 por Menachem Begin, e é influenciado diretamente pela ideologia sionista de Theodor Herzl e Ze'ev Jabotinsky.

Sua gênese ocorre na véspera das eleições para o 8º Knesset, como uma lista conjunta de quatro partidos, entre os quais se destacam o Movimento Liberal e o Herut. Auto-definido como direita nacional, atualmente detém a titularidade do poder executivo em Israel. Desde de 1977 até os dias de hoje, o Likud é o partido que mais vezes ocupou a cadeira de primeiro-ministro de Israel.

Acredita que o povo judeu possui um direito eterno e incontestável ao Estado de Israel. Considera que este direito de existência é indissociável a outros direitos fundamentais, como o direito à paz, segurança, liberdade e bem-estar em um regime democrático. Desta forma, entende que a existência de Israel como um Estado judeu independente no Oriente Médio depende em primeiro lugar, e acima de tudo, de sua capacidade política e militar. Portanto, as políticas acerca da segurança e da política externa deverão ser classificadas como prioritárias no país.


Figuras em destaque

Benjamin Netanyahu, ocupa a cadeira de primeiro-ministro do país, exercendo o seu sexto mandato. Sua carreira como político de destaque teve início como embaixador de Israel na ONU em 1980. Formado em arquitetura e administração de empresas no MIT, e ciências políticas em Harvard. Bibi, como é conhecido em Israel, atualmente é réu na Justiça por fraude, quebra de confiança e suborno em três processos.

Miri Regev é ex-porta voz das Forças Armadas, de onde saiu para a política. Ex-ministra do Esporte e da Cultura e atual ministra dos Transportes, é conhecida por não medir palavras e por se envolver em polêmicas. Yariv Levin é advogado, ex-presidente da Knesset, e atualmente ocupa o cargo de ministro da Justiça. É o responsável pela Reforma Judicial que gerou grande controvérsia no país. Yoav Gallant, general da reserva, é o atual ministro da Defesa, e já foi ministro da Educação.


Como a lista é decidida?

Todos os filiados ao partido podem votar duas vezes: há uma eleição separada para a liderança do partido e outra para a composição da lista. Há reserva de duas vagas para indicação do líder, e outras quatro para representantes das distintas regiões do país. Atualmente o primeiro-ministro tem assegurados cinco nomes à sua escolha entre os 40 primeiros da lista.


Posições do Partido

A última vez que o Likud lançou um programa de governo foi em 2009. Desde então, o partido não publica suas propostas, e retirou o arquivo de seu site oficial. Nós nos baseamos neste arquivo e em percepções nossas sobre os governos do Likud desde 2009, a fim de construir o programa do partido.


Religião e Estado

O Likud não tem propostas sobre tal questão.

Durante os últimos 15 anos, o governo se aliou na maior parte das vezes aos partidos ultraortodoxos, e o discurso de seus expoentes era pela preservação do status quo e por medidas que não firam a união do povo judeu (leia-se: não romper com o pacto social estabelecido entre seculares e ortodoxos, que deixa de fora as correntes liberais do judaísmo).


Política Econômica

O Likud tem 5 princípios básicos para a educação, que incluem uma economia livre com responsabilidade social, a redução de impostos e responsabilidade fiscal para reforçar o setor privado, igualdade de oportunidades, e a qualificação da população através da educação e da construção de uma boa infraestrutura. O partido considera a política do Estado de bem-estar social antiquada e errática.


Política Social

A ideologia do partido pode ser expressada da seguinte forma: Geração de empregos = prosperidade = menos indivíduos que necessitam da ajuda do Estado = maior possibilidade de financiamento a populações necessitadas.

A geração de empregos, num ambiente de prosperidade nacional, é uma condição sine qua non para elevar a qualidade de vida das parcelas mais pobres da população. A ideia é desenvolver uma legislação que crie um ambiente de aumento nas oferta de emprego e, consequentemente, traga maior arrecadação de impostos pelo Estado. Também prometem destinar orçamento especial para as cidades periféricas, a fim de atrair novos habitantes.


Territórios e Processo de Paz

O Likud estabelece "linhas vermelhas" para possíveis acordos com os árabes, incluindo a preservação da integralidade e indivisibilidade de Jerusalém como capital do Estado judeu e que os refugiados palestinos sejam recebidos pelos países árabes. Também acreditam que o acordo de paz com os países árabes independe da paz com os palestinos. Em 2020, o Likud se manifestou favorável à anexação dos territórios C da Cisjordânia, e o partido não tem posição oficial sobre a criação de um Estado palestino.


Educação

O partido acredita que uma educação pública de qualidade é a única forma capaz de proporcionar uma sociedade com menos desigualdades. A educação no país deverá fortalecer a identidade judaica, sionista e democrática. O Likud possui um projeto de reforma educacional que dê enfase na meritocracia e em paralelo propõe o aumento dos salários de todos os professores no país. É a favor da manutenção de instituições de ensino religioso público, mas defende que seja aplicado um currículo básico com supervisão do Estatal.


Segurança e exército

Antes de qualquer proposta de acordo, o partido acredita que um exército forte e eficiente é um dos pontos basilares para que consigamos alcançar a paz.  Através de políticas de dissuasão a ataques de inimigos, Israel tem garantido o seu  direito de existir como um país soberano. O Likud – na figura de Bibi - tenta promover uma campanha mundial para o estabelecimento de "linhas vermelhas" no projeto nuclear iraniano. 


Outras posições

Outros fatores são tratados pelo partido como prioridades: o desenvolvimento de uma legislação que retire das mãos do Estado o monopólio das terras com a privatização deste setor; que o Estado se esforce para trazer para Israel a maioria do povo judeu que se encontra na diáspora.


Fontes


Foto de capa: Own Work (Hanay)


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