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Hadash



O Hadash (em hebraico Novo, a sigla significa Frente Democrática pela Paz e Igualdade), fundado em 1976, é um partido formado por árabes e judeus, e se autoproclama uma lista árabe-judaica, além de admitir tendência marxista-leninista (por isso recusa o sionismo). Sua participação na Knesset foi sempre de três a cinco assentos. O partido foi formado a partir da fusão do Maki (Partido Comunista Israelense) com os Panteras Negras e outros socialistas independentes. Hoje, o Maki funciona como um partido independente dentro do Hadash, com decisões próprias.

As pesquisas de opinião geralmente incluem o Hadash no bloco chamado “partidos árabes”, devido ao fato de a grande maioria de seus eleitores não serem judeus. O partido, no entanto, cresceu dentro do eleitorado judaico e busca manter sempre um candidato judeu entre seus três primeiros colocados da lista.

É o partido mais à esquerda da Knesset, com pautas socialistas e pró-direitos humanos, e um olhar especial para a questão palestina. Atualmente concorre em conjunto com a Lista Árabe Democrática (Ta’al)


Figuras em destaque

Aida Tuma-Suliman, número 2 do Hadash, é militante feminista, fundadora da organização "Mulheres contra a Violência". Ofer Cassif é professor de filosofia e economista, foi o primeiro soldado a se recusar a servir nos territórios ocupados durante a Primeira Intifada. Se livrou de um processo de cassação de mandato na Knesset por ter declarado apoio ao processo da África do Sul no ICJ contra Israel por genocídio.


Como a lista é decidida?

Os filiados elegem um conselho que decide a lista. Os candidatos devem escolher uma posição para postular-se, e, caso saiam derrotados, estão impedidos de concorrer em outra posição. Por exemplo: o postulante que se candidatar a número 1 e sair derrotado, não poderá concorrer a outra vaga na lista.


Posições do Partido

O Hadash apresenta as suas propostas no seu site oficial.


Religião e Estado

A favor da total separação entre religião e Estado. Pretende: tornar ilegal qualquer forma de coerção religiosa; combater o fanatismo religioso sectário; criar casamento e divórcio civis; reconhecer novas formas de organização familiares.


Política Econômica

Todos os governos anteriores investiram mais em guerras do que no bem estar da população. O Hadash visa um plano econômico com braço forte do Estado que tem como metas: cessar o gigantesco investimento militar que consome 15% do PIB; cancelar todas as privatizações já feitas; criação de áreas industriais estatais próximas a cidades árabes; Aumentar a taxa máxima do imposto de renda de 45% para 50%, acrescentando assim mais 3 bilhões de shekels às receitas do Estado.


Política Social

De tendência socialista, o Hadash prevê uma grande reforma nas políticas sociais do Estado. Algumas delas são: elevação do salário mínimo a 60% da renda média nacional (aumento urgente de 5%); expansão do seguro-desemprego para o valor integral do último salário e durante 12 meses; encurtamento da jornada de trabalho para 35 horas semanais sem cortes no salário; assegurar que as oportunidades de emprego sejam iguais para todos e todas; assegurar igualdade de salário para trabalhadores jovens; fornecer cidadania aos refugiados africanos; taxação fixa para remédios; plano de financiamento para aluguel e compra de imóveis; e desenvolvimento das regiões mais pobres do país.


Territórios e Processo de Paz

Não há justiça social sem paz e criação de um Estado palestino. A proposta é: a retirada do exército e dos colonos de todos os territórios ocupados em 1967; a criação de um Estado palestino que conviva em paz com Israel; Jerusalém dividida como capital dos dois Estados, com acordos de cooperação; solucionar o problema dos refugiados com base em resoluções da ONU; libertação de todos os prisioneiros palestinos;  desmilitarização de todo o Oriente Médio.


Educação

O partido tem um projeto para “educação igualitária”, que se baseia em: garantia de educação gratuita da creche à universidade; legislação de direitos da criança; reduzir as disparidades de orçamento entre as escolas; aumentar os salários dos professores; construir 9 mil novas salas de aula; reduzir o número máximo de alunos em sala de aula para 25; alimentação gratuita em escolas públicas; criação de um novo programa escolar de cidadania, que eduque contra o racismo e o militarismo; criar lei que proteja o direito à liberdade de expressão para todos os estudantes do ensino superior; construir uma universidade que lecione em árabe em Nazaré.


Segurança e exército

A política militarista de todos os que governaram o país é nociva. A proposta é a drástica diminuição do orçamento militar, inclusive no programa <i>ilegal</i> de desenvolvimento de armas nucleares.

O Hadash acredita no estabelecimento da paz com a Síria e o Líbano, a partir da devolução total dos territórios conquistados por Israel.


Outras posições

O Hadash considera a política do atual governo como fascista e militarista. O partido elaborou um projeto especial de democratização do sistema político israelense, que passa pelo plano econômico, como: plano de erradicação da pobreza; aumento de verbas para organizações locais; criação de leis antirracistas; um plano de igualdade de condições entre judeus e árabes; reconhecimento dos árabes-palestinos como minoria étnica em Israel; garantia dos direitos das mulheres; preservação do meio ambiente; etc.


Fontes

Site oficial do partido: https://hadash.org.il/matzahadash/



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